A pessoa trabalha anos a fio, com excelência. Estuda, se dedica, muda de empresa, cresce na carreira, acumula capital. Torna-se um profissional reconhecido e respeitado. Até que chega um ponto que ele não quer mais “trabalhar para os outros”. Quer ter seu próprio negócio. Realizar o sonho de ser seu próprio chefe.
Pede demissão e com a experiência e capital acumulados decide abrir o seu próprio negócio. Contudo, o que era sonho começa a se transformar em pesadelo, os clientes não aparecem, as vendas não acontecem, as conta não fecham. O repertório de justificativas é vasto: mercado em recessão, produto ou serviço com baixo valor agregado, concorrência acirrada, etc.
Porém, um dos motivos mais comuns para a derrocada de empresas (e que poucos se dão conta) é que seus donos continuam pensando como funcionário da própria empresa.
São os chamados “funcionários da própria empresa”, ou “auto-empregados”. Eles mudam de patamar, mas continuam pensando como empregados. Nessa “crise de identidade funcional”, acabam acumulando atividades, se sobrecarregando, sendo chefes e funcionários ao mesmo tempo.
Não seja um empreendedor amador.
Em vez de focarem seu tempo na estratégia, na inteligência do negócio, investem todos os seus esforços na execução, na parte operacional, como se habitou a fazer durante toda a sua carreira. Abrir um negócio, ser dono de uma empresa, vai muito além de ter conhecimento técnico, experiência e ser um bom profissional. Um empresário precisa de muitas outras habilidades, ele precisa ter “espírito de dono”, analisar os aspectos macros do mercado, estudar tendências e buscar saídas estratégicas para revigorar o negócio.
Os “auto-empregados” não “mudaram a chavinha”, não mudaram a postura de funcionário para postura de dono.
Porém, a saída desse labirinto pode estar ao alcance de todos. Basta tomar algumas ações capazes de reduzir a dependência que a empresa tem de você na solução de pequenas coisas, de modo a funcionar sozinha e liberar seu tempo para desenvolver sua capacidade de gestão, se concentrando nas grandes questões do negócio.
Foco no estratégico da sua empresa
O primeiro passo é fazer uma profunda reflexão sobre como você passa seu dia e sua semana de trabalho. Analise todas as tarefas que costumam ocupar seu tempo e se pergunte se todas elas são coisas com que um gestor empreendedor deveria estar executando.
É a partir daí que você vai começar a visualizar quais você deveria estar delegando para outras pessoas e quais são, realmente, de sua competência. Ou seja, foco total na estratégia do negócio.
Em seguida, precisa iniciar um processo de descentralização. Isso começa com a contratação de pessoas capacitadas e responsáveis, nas quais você possa confiar. Mas é preciso dar autonomia a elas e deixar claro que só as questões realmente importantes devem chegar até você.
Descentralize as decisões.
A centralização de decisões faz parte do começo de qualquer atividade, pois no início o empresário precisa cuidar de todos os detalhes da operação. Um dos problemas mais comuns nesse sentido é o excesso de centralização presente na personalidade de alguns empresários. O desejo de interferir em todos os detalhes de cada decisão e a relutância em delegar parte de suas atribuições é uma das principais causas que geram o empreendedor auto-empregado.
Por esse motivo é necessário descentralizar, principalmente as atividades operacionais mais simples, que podem ser executadas por outras pessoas, parceiros ou até mesmo por softwares e outros tipos de ferramentas.
É preciso lembrar que descentralizar não significa deixar de controlar os negócios. A diferença é que, a partir de agora, você irá se concentrar apenas em situações e dados estratégicos.
Aproveitando o momento, assista esse vídeo abaixo e evita cometer o 7 erros do empresário inocente.
Automatize os processo da sua empresa
Iniciar uma ação para otimização e automatização de processos começa com um bom mapeamento. É preciso conhecer em profundidade todas as etapas e tarefas executadas, do início ao fim, para que seus clientes recebam o produto ou serviço que você produz. É essa compreensão geral do mecanismo que vai permitir localizar gargalos e as principais fontes de problemas.
A partir de então, inicia-se o planejamento, o redesenho e a implementação de novos e melhores processos. Nesse momento, há sempre a possibilidade de enxugamento de tarefas, aumento na agilidade, redução de custo, ganhos de eficiência e de assertividade.
Isso pode representar um modo definitivo de escapar da teia de problemas que consome seu tempo e impede de atuar com foco na estratégia e no crescimento do negócio.
E se você quiser tirar dúvidas sobre questões contábeis e financeiras do seu negócios, entre em contato conosco.